One Life, One Choice - Capítulo 8

Amo a Avril, que linda, cara *--*

Capítulo 8

Lar Doce Lar

Era o fim da tarde quando Liam Hemsworth chegou ao portão da frente da sua nova mansão e começou a andar pelo longo caminho de neve até a porta de casa. Liam tinha se mudado muito em sua vida, e geralmente ele não se importava onde moraria, mas esse lugar tinha realmente chocado o garoto. Sua mãe sempre gostou de pessoas e lugares ricos, o que geralmente significaria um lugar um pouco mais agitado que Winter Mill. Winter Mill! Meu Deus, até o nome soava rústico! Ele se perguntou quanto tempo eles ficariam lá. Certamente logo quando sua mãe se cansar. E claro, isso significaria que ele teria que mudar de escola de novo... Conhecer novas pessoas de novo, se acostumar com os novos professores, tentar novas amizades... Mas ele já estava acostumado com isso.

Ele subiu os degraus da frente, pegou sua chave e abriu a porta. Do lado de dentro, a mansão estava tão quieta quanto um túmulo. Mas era tão grande que você poderia receber 50 convidados no piso inferior e ninguém escutar no piso de cima. Sua mãe certamente não iria – ia estar muito ocupada olhando pra si mesma no espelho. Com apenas Lucas, sua mãe e Ballard morando na mansão, tudo o que reinava naquele lugar era o vazio.

Liam andou pelo grande piso de mármore branco da sala da recepção. Um pouco mais a frente se encontravam duas grandes escadas curvadas que davam no segundo andar da mansão. Estava frio.

Liam – Mãe? – ele chamou, mas não teve resposta, apenas ouviu o eco de sua voz se dissipando no ar

Com um suspiro, ele caminhou em direção à sala, procurando por sua mãe. Ele achava que deveria conversar com ela pelo menos uma vez sobre a festa de Tiffany... Uma conversa de mãe e filho, como se um dia ela parecesse se importar para isso. Ele quase ia dizer não quando a garota o convidou para sua festa.

Liam não queria passar a noite inteira na festa sendo que não conhecia ninguém; já tinha sido estranho o suficiente na escola. Mas o que mais ele poderia fazer? Andar pela cidade sem destino, por conta própria? Então ele mesmo decidiu que iria a festa. Quem sabe, talvez fosse divertido. As pessoas pelo menos não seriam frescas como os riquinhos que sempre o cercaram, e talvez ele conhecesse alguém interessante para conversar. Que nem aquela garota que ele tinha conhecido no colégio no dia anterior, Demetria Lovato. Ela parecia legal e inteligente. E era muito bonita também.

Liam – Mãe? – ele disse de novo, abrindo a porta da sala. Duas lâmpadas se acenderam automaticamente, lançando um brilho superficial ao longo da sala, mas nenhum sinal de sua mãe.

Liam olhou ao redor da sala. Ele não tinha estado ali antes – mais outro cômodo da casa que ele não se importava em explorar. Mas agora ele tinha percebido o grande e ornamentado espelho que estava pendurado acima da lareira. Todos os móveis foram arrumados em torno dele, como se fosse uma TV ou algo do gênero.

Liam – Ah, então foi aqui que ela te colocou… - ele disse pra si mesmo enquanto se dirigia até o espelho – Pensei que não ia ver sua cara feia por um tempo...

Liam andou até ficar na frente do espelho, estudando sua antiga moldura de madeira perfeitamente esculpida. Esse espelho estava presente em muitas memórias de sua vida. Não importa pra onde eles se mudaram, não importa o quão longe eles viajaram, sua mãe sempre trazia esse espelho com eles. Ele nunca perguntou a ela o que aquele espelho tinha de tão especial, mas achava que era algo de valor sentimental para ela. E outra pergunta sem resposta em sua mente era o motivo o qual sua mãe não se cansava de olhar para o próprio reflexo naquele espelho. Talvez ela gostasse da maneira que o espelho a refletia, ele tentava se convencer.

Liam se olhou no espelho. Mesmo convivendo com esse espelho desde seu nascimento, Liam raramente tinha se olhado nele. Ele coloria tudo em um tom azulado, como se cada objeto que ele refletia estivesse mais longe do que realmente estava. Ele olhou para se rosto e se lembrou de que todos falavam que ele se parecia muito com sua mãe. Ele tinha os olhos dela, sabia disso, mas todo o resto – o nariz, a boca, o queixo... Eles não se pareciam nem um pouco com ela.

Ele tocou seu rosto, imaginando como deveria ser seu pai. Mercy nunca falou sobre ele, nem sequer tinha conversado com Liam sobre quem ele poderia ser. Talvez nem ela soubesse – por isso o motivo de não querer falar sobre ele. Mas a cada ano que se passava, Liam queria saber mais sobre seu pai. Será que ele estava nos Estados Unidos, ou talvez na Europa? Será que ele sequer sabia que tinha um filho? Várias fotos de Liam circulavam pela mídia por sua mãe ser uma das mulheres mais ricas dos Estados Unidos. Será que seu pai tinha olhado pra elas e encontrado alguma semelhança entre os dois? Talvez de um filho que ele não sabia de sua existência? E as mesmas perguntas de sempre circulavam a mente de Liam neste momento.

Em toda a vida de Liam tinha sido apenas ele e sua mãe. Bem, os dois mais qualquer guarda-costas idiota que a seguiam como cães adestrados. Tirando Ballard, que era uma espécie de guarda-costas que trabalhava faz tempo para sua mãe. Liam não o suportava. Ele seguia sua mãe como um cachorrinho e fazia tudo o que ela queria, mas com ele, era rude e só queria falar o que ele deveria ou não fazer. E Liam também o achava um tanto assustador e misterioso.

Por esse e mais alguns motivos Liam se sentia como se não conhecesse sua mãe realmente, assim como as crianças parecem conhecer seus pais. Por que ela tinha contratado aquele homem, sendo que poderiam existir outros guarda-costas mais simpáticos e menos estranhos?

Seus pensamentos foram interrompidos quando ele viu algo no espelho. Algo muito estranho, afinal. Parecia um movimento vindo de dentro do espelho, algo profundo, que vinha de dentro daquele espelho azulado, e ele tinha certeza que não era coisa da sua mente. E nem era algo que fora refletido por ele, o que o assustou mais ainda e o fez dar um passo para trás, esbarrando numa mesinha e quase derrubando no chão um fino abajur que estava em cima dela.

XxX – Sinceramente, Liam… - ele ouviu a voz entediada da sua mãe – Você é mais desastrado que um elefante de circo... Pelo menos você poderia tentar ser mais cuidadoso?

Liam se virou e viu Mercy Hemsworth de pé na porta, com sua mão delicada e bem cuidada segurando a maçaneta da porta antiga da sala. Não era de se admirar, ele pensou, porque o mundo inteiro a achava bonita. E realmente, sua mãe era linda. Sua figura alta tinha a forma de uma perfeita ampulheta. Seus longos cabelos lisos estavam arrumados como de costume em uma combinação de cachos que caiam levemente sobre seu corpo, e que emolduravam seu rosto oval pálido. Seus olhos amendoados, ainda mais azuis que os de Liam, brilhavam como estrelas, e seus lábios estavam coloridos com o mesmo batom avermelhado de sempre. Geralmente ela usava pouca maquiagem, o que chocava os jornalistas e todas as revistas de fofoca que adorariam saber como ela mantinha a beleza sem usar muitos cosméticos. Mas isso era um segredo que ela nunca revelava.

Liam – Oi mãe, como foi seu dia?

Mercy – Eu fui um SPA da cidade, que era bem pequeno por sinal, e uma mulher me fez uma massagem. Bem, o serviço dela foi aceitável…

Liam – Ocupada como sempre, né mãe? – tentando fazer uma brincadeirinha com o fato de que sua mãe vivia “ocupada” em SPA's e salões de beleza

Mercy – Não seja irritante, Liam. É chato... Que nem essa cidadezinha que estamos...

Liam – suspira – Sério mãe… Por que a gente véio pra cá? Esse lugar parece o fim do mundo! Não tem nada interessante pra se fazer e você sabe que você não vai aguentar viver aqui por mais duas semanas. Porque a gente não vai pra outro lugar? Tipo, algum lugar vivo, de preferência...?

Mercy – Eu queria um lugar calmo pra relaxar... – ela disse friamente

Liam – Relaxar? Se você quisesse ir pra algum lugar tranquilo, porque a gente não ia pro Havaí? Aí lá a massagem com certeza seria melhor e eu poderia surfar... Você sabe que eu amo surfar e lembra há quanto tempo eu não pego na minha prancha? Mas não, ao invés disso a gente veio pra uma cidadezinha no meio do nada que ainda tá afundada em neve!

Mercy – Não fale comigo desse jeito, Liam, eu sou sua mãe! Aliás, eu não me lembro de você ter feito qualquer coisa pra se sustentar, e até que você tome uma atitude, nós vamos pra onde eu quiser, quando eu quiser... Está claro?

Liam – Como se eu tivesse escolha, né?

Mercy Hemsworth sorriu cinicamente antes de se virar e dar atenção ao espelho logo atrás dele, verificando como estava sua roupa e seu cabelo.

Mercy – Ainda bem que nos entendemos...

Liam – Ok. Eu vou sair amanhã à noite. E eu não me importo se você vai ligar ou não.

Mercy ergueu um braço e jogou os dedos com impaciência fazendo um gesto para que ele saísse dali.

Mercy – Vai, faça o que bem quiser. Desde que você não fique aqui reclamando na minha frente e não engravide uma garota, vai, eu não me importo!

Liam passou por ela com raiva, batendo a porta quando ele saiu da sala. Como ele sentiu que estava sendo observado, ele olhou pra cima e viu Ballard, descendo as escadas, com um sorriso desagradável no rosto. Aquele mesmo sorriso assustador que escondia muita coisa por trás dele.

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Hey queijinhos <3

Vi que surgiram dúvidas em relação ao capítulo anterior... Humm, eu já imaginava isso, mas com o desenrolar da história voocs vão entender, certo?

Enfim, o que voocs acham que vai acontecer? Viram que fofa (ahã!) a mamãe do Liam? Lembrando que a festa vai ser nesta mesma noite u.u

Eu sou Selenator too! E amei Slow Down, já escutaram?

Enfim, fiquem com as respostas dos comments anteriores, obrigada por todos os comentários, minhas lindas *--*

Respostas dos Comentários

Beeijos, até o próximo post <3